segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Que tal um discurso educativo em vez de agressivo?

Após ouvir a música Cozy Prisons do A-ha, me deparo com a seguinte manchete do site do Jornal A Tarde, o mais vendido da Bahia:

"Observatório contra discriminação e violência amplia parcerias".

Ótimo que as autoridades estejam empenhadas em evitar qualquer tipo de violência moral e física, porém, ao ler a reportagem, me deparo com a seguinte afirmação:

Consideramos como prática de segregação racial, por exemplo, os preços praticados pelos blocos de trio freqüentados por brancos, sem falar que eles desfilam em horários privilegiados em relação aos blocos afros e afoxés”.
Bem, é notório que por incrível que pareça, existe o racismo em Salvador, só que, argumentos tão racistas como este demonstra um equívoco na forma de tratar a questão.
1º) Não há NENHUM bloco frequentado somente por "brancos", ao contrário de que "brancos" não são bem vindos em determinados blocos de "negros";
2º) Se os blocos Afros e Afoxés não desfilam em horários privilegiados, não é por nenhuma determinação dos "brancos" e sim pela transformação social na qual privilegia-se futilidades e ignoram eventos culturais e históricos. Não há rádio de Salvador que ceda espaço em sua programação para as músicas destes importantes grupos culturais. Uma pena que esse tipo de discursso em favor dessas entidades culturais só aconteça nas vesperas do início do Carnaval. Por que não iniciam uma mobilização séria e coesa durante o ano, cobrando espaço na mídia e em festivais que pipocam na Boa Terra?
3º) Alguns de meus melhores amigos são negros, que estão casados com "brancas", assim como meu tio "branco" é casado com uma negra, e todos eles são muito felizes e sabe por que? Porque eles não se enxergam como CORES e sim como PESSOAS que tem sentimentos.
Abomino qualquer tipo de discriminação, seja ela de cor, de credo ou opção sexual. Cada cidadão tem direito a seguir aquilo deseja.
Meu manifesto aqui não é contra a causa, mas como se aborda a questão!
Discursos como estes em vez de abrir a mente das pessoas, causam efeito contrário, o de intolerância para com o outro, assim como vemos o que vem acontecendo no Quênia.
Voltando a um trecho da música do A-ha
O sol nunca deverá tocar sua pele / Poderia expor a escuridão interna / Você está paranóico sobre paranóia / E o pânico se instala sem dar sinal / Você se preocupa com isso o tempo inteiro / Cada momento perfeito é um aviso escondido...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Mais um Final & Um Novo Começo...

Para uns, há esperança de dias melhores, para outros, fica o desejo de perpetuação da felicidade alcançada no já extinto 2007.
E você, de que lado está?
Falando de posicionamento, fiquei do lado daqueles que sabem que a Bahia é muito mais do que aquilo que se mostra na tv... Foi deprimente a virada de ano na Barra... Não houve sequer contagem regressiva...
Uma pena que na Bahia continua-se a repetição forçada e saturada das "referências culturais". Somos muito mais do que baianas de acarajé e candomblé! Nunca tive nada contra isso, mas não dar mais para estarmos entrando em 2008 e repetindo erros...
Alô pessoal!!!!
Já tivemos poetas, escritores, compositores, músicos, historiadores, juristas, crônistas, educadores...
Não haveria como exaltar o intelecto?
Tivemos também outras "raças" conforme se propaga, mas ao que parece, "raça" só há uma em vigor...
Mudando de assunto, mas não de ano, Desejo de coração Muita Paz, Saúde e Alegrias para todos. Apesar de não ter mais idade para acreditar em papai noel, fiz os meus pedidos para o bom velhinho para que a corrupção entranhada na sociedade seja expurgada, que os políticos sejam menos gananciosos e pensem no povo, que a violência diminua...
O bom velhinho deve chamar o Saci e a Cuca para ajuda-lo nessa difícil tarefa.